quinta-feira, 19 de julho de 2012

MEIO AMBIENTE / BICICLETA - FÁBRICA DE BICICLETA DE BAMBU A TODO VAPOR:

Fábrica em CEU faz bicicletas de bambu para alunos


Pessoal acreditem o  bambu uma estrutura feita em forma de tubo pela natureza tem um potencial tremendo. O material é 17% mais resistente que o aço quando forçado no sentido longitudinal... Isso não é somente eu que falo, sou apenas um técnico em mecânica que anda de bike quase que diariamente, e posso dizer que o bambu é empregado onde se precisa de uma boa área de deformação elástica, é só olhar para as varas de pescaria... Para melhor informar, essa idéia não foi feita do nada antes que a Prefeitura de São Paulo submetesse o material a um teste de resistência o próprio criador estudou para isso, é só ler um pouco mais sobre esse maravilhoso projeto! O criador das bicicletas é formado em Desenho Industrial pela PUC-Rio, ele começou a pesquisar em 1994 a fabricação de equipamentos à base de bambu, como andadores para portadores de necessidades especiais. Sua motivação sempre foi associar design moderno com materiais naturais. “Desde o começo, percebi que o bambu — uma estrutura feita em forma de tubo pela natureza — tinha um potencial tremendo.” O material é 17% mais resistente que o aço quando forçado no sentido longitudinal (como nos quadros de bike) e tem a leveza do alumínio (sem os danos ambientais causados por sua fabricação). Por ser flexível, resiste a trepidações e dura mais. “Santos Dumont usou bambu na construção dos primeiros modelos de seus aviões. Então pensei: vou conseguir fazer uma bicicleta.”

Todos os dias, um grupo de 12 jovens bate ponto no Centro Educacional Unificado (CEU) Jardim Paulistano, zona norte de São Paulo. Logo de manhã, já começam a desamarrar pacotes de bambu. Com uma cola natural, feita ali mesmo, juntam os pedaços, formando quadros triangulares. Três horas de secagem e outras peças são acopladas. Rodas, câmbio, catracas, guidão e aí está: uma bicicleta novinha, para um dos 4,6 mil alunos da rede municipal ir e voltar da escola pedalando.

É assim que funciona a primeira e única "fábrica" de bicicletas de bambu de São Paulo. Ocupando dois andares de um CEU, ela é peça essencial do projeto Escolas de Bicicletas, que prevê que, até o fim do ano, cem alunos de 12 a 14 anos em cada um dos 46 CEUs se desloquem para a escola em comboios de bicicletas, acompanhados por monitores.

Hoje, cerca de 500 crianças já pedalam nesse esquema. E todas as bicicletas saem das mãos dos 12 jovens do Jardim Paulistano.
A fábrica tem capacidade de produção de cerca de 50 bicicletas por dia e, desde o início da operação, em março, já construiu 1,5 mil. Serão 4.680 até novembro.
Segundo o coordenador do projeto, Daniel Guth, a opção pelo bambu não é à toa. "Nossa ideia não é apenas colocar bicicletas na rua, mas também conscientizar as crianças sobre conceitos como sustentabilidade e ambientalismo. O bambu gasta muito menos energia do que o alumínio e é produzido bem perto daqui, em Bragança Paulista, o que diminui os custos com transporte. A pegada de carbono é muito pequena."
Durabilidade. Guth também garante que o material é resistente. Segundo ele, testes de resistência foram feitos a pedido da Prefeitura antes do início do projeto e cada bicicleta aguentou, em média, 1,6 tonelada antes do bambu começar a rachar. "Essas bicicletas podem durar até 20 anos", diz o designer carioca Flávio Deslandes, que concebeu a bicicleta. Ele mora na Dinamarca há mais de uma década, projeta bikes de bambu desde 1995, e desenhou o modelo do CEU especialmente para o programa municipal.
Toda a fabricação das bicicletas e dos bicicletários nos CEUs, além do treinamento dos alunos, está orçada em R$ 3,1 milhões. Os jovens recebem salário do Instituto Parada Vital, entidade contratada para o projeto.

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